setembro 04, 2008

oxigénio

Pouco se agarra
mesmo quando ao nosso alcance
Restamo-nos a nós próprios
à mente e às sensações que não perduram
Numa esperança embrulhada em ilusão
falha a voz, enfraquace a vontade
E os dias passam ao sol
mas sem aquecer a pele
Numa busca sem fim, ou em fuga,
sem mapa para retorno
Fazes-me falta, sem dúvida,
dos rasgos de amor que me dedicavas
Ficam as palavras deixadas ao vento
que continua a varrer o coração
Pouco ou nada se agarra realmente
mesmo quando me deixo a teu lado



esperança.
é disso que a gente vive.
disso e do oxigénio

agosto 19, 2008

#1 ATP - campeão olímpico Pequim



in the top of the world






O tenista espanhol Rafael Nadal banhou hoje com ouro olímpico uma das temporadas mais preciosas da sua carreira profissional, premiada na próxima segunda-feira com a liderança no "ranking" mundial, arrebatada ao suíço Roger Federer.




Vamos Rafa!

agosto 10, 2008

ler ao sol

Estas férias, com maior disponibilidade mental e temporal, li finalmente este livro (que já estava em lista de espera à uns meses...) Excepcional, García Márques envolveu-me completamente neste relato em forma de puzzel.









Crónica de uma Morte Anunciada (título original: Crónica de una muerte anunciada) é um livro de Gabriel García Márquez publicado em 1981. A obra conta, na forma de uma reconstrução jornalística, a história do assassinato de Santiago Nasar pelos dois irmãos Vicario.

junho 16, 2008

Nadal vence pela terceira vez Roland Garros :)





Roger Federer crushed by Rafael Nadal at Roland Garros






fevereiro 28, 2008

aldeia global

por tudo o que vejo e oiço, parece-me que a velha máxima de "tão perto, mesmo longe" ganha pó, teias e uns quantos pontapés...


Ora uns correm demais e a indiferença é o bilhete para um futuro desfraguementado,




outros parecem de tal forma lentos que o desleixo vence a corrida.



Vai-se perdendo o encantamento de rodear o outro...













A aldeia global revela fossos cada vez mais profundos em raios de pouco kms,


por onde alguns vão ficando na sarjeta...baralhados no meio desta nesta gente tão cega quanto desenfreada.




fevereiro 26, 2008

one step closer to the edge


O que é que acha mais importante: a informação ou a «desinformação»?


A «desinformação» é apenas um subconjunto da informação. E isso não é mau. Como é que designa os conhecimentos que já não são tão objectivos nem verdadeiros? Conhecimentos obsoletos? Existem tantos por aí... São factos ou processos em que as pessoas acreditam, mas que já não estão correctos.


Por exemplo?


As escolas. O sistema educativo assemelha-se a uma fábrica que produz informações obsoletas de forma obsoleta; não por não ter os manuais académicos actualizados, mas porque, simplesmente, não está relacionado com o futuro dos estudantes. Se o modelo de produção que lhes é ensinado é a produção em linha, eles estarão preparados para trabalhar em processos de rotina, repetitivos, que ignoram o indivíduo. Já foi moda, mas nos últimos 100 a 150 anos. Agora é pouco provável que os estudantes o encontrem na maioria das empresas quando saírem da universidade.Quando trabalhei numa fábrica, se o meu chefe soubesse que eu estava a ler um livro ou o jornal durante o horário de trabalho, seria despedido instantaneamente. Entretanto, arranjei uma forma de cumprir as minhas tarefas mais rapidamente, para poder ter alguns minutos para ler às escondidas. O meu chefe não queria o meu cérebro, mas os meus músculos. Porém, hoje, as empresas pretendem contratar empregados que sejam capazes de inovar, imaginar, pensar e desafiar o status quo.


Alvin Toffler


Alvin & Heidi Toffler

janeiro 18, 2008

reclamo comercial XII





L´enfant terrible



teste de percepção visual

dezembro 31, 2007

Salva-se, neste ano obscuro, sem génio nem esperança o facto de ter chegado ao fim. Acabou. Ponto final

« Chegou ao fim 2007.
Foi melhor do que 2006?
Foi pior? Não sei.
Será 2008 melhor? Não sei.
Sei que o ano que passou deixa poucas memórias doces.
Poucas coisas que marcarão os próximos anos da História recente e não terá uma linha quando daqui por cinquenta anos um historiador quiser estudar o início deste século.
Dirão os mais prosélitos que talvez a presidência portuguesa da União Europeia seja um grande momento. Para os incautos. Não trouxe nada de relevante, para além de uma forte campanha de propaganda e um tratado tão insípido quanto confuso. Outros lembrarão a chuva de computadores com que o Governo encharcou o País. Valerão o que valem, mas não mudam a sorte de ninguém. Alguns, menos entusiasmados mas ainda confiantes, sublinharão a importância das reformas em curso. E o núcleo duro de amor por 2007 gritará a grande vitória sobre o défice, na verdade a única coisa que atormenta este Governo.Dir-me-ão que narro uma prosa negra. Nada disso.
Devo confessar que coisas positivas nos tocaram a todos. O Cristiano Ronaldo quase ficou em primeiro, graças a Deus os ‘Morangos com Açúcar’ ainda estão por aí, ao que se sabe a Elsa Raposo não viveu nenhum divórcio este ano e para saborear melhor o ano que agora finda não podemos esquecer com alguma alegria de alma que os clubes portugueses ainda persistem nas competições europeias.
Ah! O FC Porto ganhou outro campeonato.De bom, de notícia gorda, fica o que de pior aconteceu e, sem dúvida, o caso Madeleine marcou o ano de 2007. Casando este caso com a sequência de homicídios na noite do Porto, então ficamos com um balanço final de ponto em branco. Mais do que as vitórias e insucessos da polícia, este emaranhado de casos mediáticos desnudaram a completa descoordenação e falta de investimento, de atenção, de vontade no que respeita à segurança. E dizendo isto, elejo o ministro Rui Pereira como o melhor ministro deste Governo. Imputar-lhe a miséria em que se revelou todo o sistema judiciário e securitário é atirar poeira para os olhos dos mais assustados. O problema é estrutural, tem anos de preguiça em cima e – talvez por força dos acontecimentos – 2008 seja o ano que nos traz melhorias no sector da segurança e protecção eficaz dos nossos direitos, liberdades e garantias.Foi um ano ruim, não haja dúvidas. O desemprego tornou-se uma aflição, a reforma do sistema escolar já não coincide com o Quadro Comunitário de Apoio, atrasado por falta de regulamentação, desleixo, digo eu, e aí estamos à míngua. Assim como na saúde.
Salva-se, neste ano obscuro, sem génio nem esperança, o facto de ter chegado ao fim. Acabou. Ponto final. O momento suficiente, ainda que subjectivo, para relançar a esperança.
Que 2008 seja um ano melhor para todos, com mais direitos sobre a vida e com menos ameaças sobre as expectativas. Com mais esperança!Bom Ano Novo!»
Francisco Moita Flores, Professor universitário
Para todos que, longe ou perto, estão no livro das memórias e afectos,
desejo um Ano 2008 com mais desejos realizados do que pedidos...
beijos

dezembro 17, 2007

há dias assim...




For you I was a flame
Love is a losing game
Fire storey fire as you came
Love is a losing game

Why do I wish I never played
Oh what a mess we made
And now the final frame
Love is a losing game

Played out by the band
Love is a losing hand
More than I could stand
Love is a losing hand

Self professed... profound
Till the chips were down
...know you're a gambling man
Love is a losing hand

Though I'm rather blind
Love is a fate resigned
Memories mar my mind
Love is a fate resigned

Over futile odds
And laughed at by the gods
And now the final frame
Love is a losing game

dezembro 08, 2007

Primeiro estranha-se...





...depois os gritinhos arrepiam de forma estridente...















... depois entranha-se!








novembro 17, 2007

razão vs emoção

soou algo assim:
«ENQUANTO CONFUNDIRMOS A MORAL COM OS ORIFICIOS DO NOSSO CORPO COM QUE PRATICAMOS SEXO, NUNCA HAVERÁ ACEITAÇÃO»
júlio machado vaz

novembro 15, 2007

novembro 08, 2007

O CARTEIRO

Um serão de metáforas que recomendo:

«O Carteiro de Pablo Neruda»
A peça retrata a problemática da aprendizagem através da poesia.

O poeta Pablo Neruda chega a uma ilha de pescadores onde conhece Mário, o carteiro que é a sua ligação com o Mundo e em quem fará despertar a necessidade da vivência poética.

Teatro do Campo Alegre UNTIL 31/NOVEMBRO




Me gustas cuando callas porque estás como ausente

Me gustas cuando callas porque estás como ausente,
y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca.
Parece que los ojos se te hubieran volado
y parece que un beso te cerrara la boca.
Como todas las cosas están llenas de mi alma
emerges de las cosas, llena del alma mía.
Mariposa de sueño, te pareces a mi alma,
y te pareces a la palabra melancolía.
Me gustas cuando callas y estás como distante.
Y estás como quejándote, mariposa en arrullo.
Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza:
déjame que me calle con el silencio tuyo.
Déjame que te hable también con tu silencio
claro como una lámpara, simple como un anillo.
Eres como la noche, callada y constelada.
Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.
Me gustas cuando callas porque estás como ausente.
Distante y dolorosa como si hubieras muerto.
Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.

Pablo Neruda

outubro 06, 2007

vulgaridade do outro - o despertar [e vem à mente um som destemido que reza assim:]

Falsos amigos não preciso, dispenso a vossa inveja
Nunca hei-de vos ligar puto, seja pelo que seja
Quem fala nas minhas costas, respeita-me a cara
Para serem porcos a sério juntem-se logo a uma vara
Quem é meu amigo, eu reconheço e respeito
Agradeço por tudo, guardo sempre no meu peito

Falsos, invejosos, até aos ossos, hipócritas
Dás-me uma mão, com a outra espetas-me nas costas
Falsos amigos são fingidos, estamos protegidos contra inimigos
Eles baralham-te os sentidos, trazem-te sentimentos distorcidos,falsos amigos

São tão vulgares como água num arrozal
Querem a tua ajuda mas não te dão hipótese
Dão uma mão mas não passa de uma prótese
Um amigo não te defende e elogia com a mentira
Ofende com a verdade por muito que esta te fira
Um amigo não finje que não te conhece num dia
Para noutro pedir um favor, sabe que precisa

Falsos amigos são fingidos, estamos protegidos contra inimigos
Eles baralham-te os sentidos, trazem-te sentimentos distorcidos,falsos amigos

mind da gap (in this blog)

agosto 28, 2007

agosto 27, 2007

esperança

É possível falar sem um nó na garganta
É possível amar sem que venham proibir
É possível correr sem que seja fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.
É possível andar sem olhar para o chão
É possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros
se te apetece dizer não grita comigo: não.
É possível viver de outro modo.
É possível transformares em arma a tua mão.
É possível o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.
Não te deixes murchar.
Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre livre livre.


Manuel Alegre





agosto 22, 2007

iguarias


«entre pratos» RTP 2 - 14h20


Henrique Sá Pessoa - chef



receitas aqui

agosto 20, 2007

pérolas

« Querer o casamento de homossexuais (...) são deboche, são degradação, é pôr termo aos valores que, nós, portugueses, a nossa alma nacional, tem desde o berço e que os nossos pais nos ensinaram »
João Jardim
será a homossexualidade um fenómeno unicamente nacional predefinido e orientado por valores de ordem geracional, política e/ou educacional ?!

agosto 19, 2007

nota 20 !

Kitesurf freestyle tour 2007 - Campeão Nacional 2007 - JOÃO FONTAINHAS






só foi pena não ter estado lá para ver tais manobras. Parabéns!


see more photos here

agosto 03, 2007

o lado positivo

E confirma-se...há sempre uma diferente perspectiva a reconhecer. O importante é não cair no empobrecimento de afunilar a visão numa única direcção, seja esta confortável ou não.
às vezes torna-se premente o romper com o viés “negativo” e reducionista, por muita mossa derivada, e focalizar potencialidades e qualidades humanas. é certo que exige esforço, reflexão e seriedade conceitual, mas a Qualidade de Vida implica muitas das vezes a capacidade de adaptação ao longo do desenvolvimento pessoal, profissional, social, afectivo...isto é, integração vivencial.
e por isso é que, tal como disse à uns dias, everyday is a new battle.